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Relatório de Acompanhamento Fiscal (IFI)

Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) publicado por IFI (8/2021).

O processo de aperto monetário, iniciado pelo Banco Central em função da piora do quadro de inflação, reduz o apoio à economia em um momento de recuperação cíclica da atividade não garantida, com a taxa de desemprego situada em patamar ainda muito elevado. A busca de espaço para acomodar políticas com retorno eleitoral e a consequente piora da percepção sobre o risco fiscal dificultam a tarefa do Banco Central de ancorar as expectativas de inflação à meta. Criam incerteza adicional à trajetória prospectiva de inflação por meio da elevação dos prêmios de risco-país e dos juros. (Página 14)

A série do resultado primário recorrente, calculada pela IFI a partir do isolamento de efeitos atípicos sobre a arrecadação e a despesa primária do governo central, indica que o déficit primário da União está relativamente controlado na trajetória em 12 meses. A preços constantes de junho de 2021, esse déficit teria sido de R$ 45,5 bilhões nos 12 meses encerrados em junho. Os números favoráveis para a série do primário recorrente são explicados, principalmente, pelos resultados positivos da arrecadação, influenciada, por sua vez, pela atividade econômica. (Página 15)

A partir de meados de julho, houve piora na percepção de risco em relação ao ambiente econômico no Brasil. Esse aumento na aversão a risco tem gerado incremento nas taxas de emissão de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna nos leilões do Tesouro, aumentando os desafios na gestão da dívida nos meses à frente. As incertezas parecem estar concentradas na dinâmica inflacionária recente, que influencia o ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central, e nas perspectivas a respeito das regras fiscais, sobretudo do teto de gastos, dada a apresentação da PEC dos Precatórios (PEC nº 23). (Página 23)

No fim de julho, o Executivo publicou o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º Bimestre. As novas projeções reforçam o cenário de recuperação da arrecadação e de cumprimento das regras fiscais. A projeção para o déficit primário do governo central passou para R$ 164,9 bilhões, menor do que os R$ 178,4 bilhões previstos na avaliação anterior. Os dados realizados até junho corroboram a melhora das projeções dos principais agregados fiscais. (Página 28)

A nova estimativa de déficit primário foi influenciada pelo aumento nas projeções de receita. Desde o envio do PLOA, a previsão de arrecadação acumula crescimento de R$ 256,2 bilhões (16,4%). A recuperação da receita facilita o cumprimento da meta de resultado primário de 2021. Soma-se a isso a possibilidade de se abaterem da meta despesas relacionadas à pandemia, estimadas pelo Executivo em R$ 75,4 bilhões, e a necessidade de cumprir o teto de gastos, que tem limitado o crescimento de gastos no período. (Página 32)

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