Guerra da Ucrânia e Crise Energética Europeia: Medidas extraordinárias adotadas para mitigar os impactos econômicos e sociais por Vitor Santos, Nivalde de Castro publicado por Grupo de Estudos do Setor Elétrico/UFRJ (10/2022).
“O processo de transição energética da Europa vinha desde 2000 reduzindo a participação de fontes não renováveis mais poluidoras, como o carvão e petróleo, pelo gás natural, fonte menos poluidora, e na produção de energia elétrica merece destaque os investimentos nas fontes renováveis eólica e solar, de tal maneira que de 2000, quando somente 16% da energia elétrica gerada era de fontes renováveis, em 2020, este percentual atingiu a marca de 38% (BP,2021).
Neste dinâmico processo, a Europa, firmou uma parceria muito forte com a Rússia em relação ao gás natural, em função de, por um lado, avançar na substituição dos bens energéticos mais poluidores, e por outro, ter os benefícios de um custo relativo muito mais baixo e competitivo em relação ao GNL.
No entanto, a Guerra da Ucrânia com as sanções econômicas à Rússia e sua contra reação, demonstram que a extrema dependência em relação a um insumo tão essencial e estratégico, expôs a vulnerabilidade frente à insegurança energética, que é principal prioridade de uma política energética…”