A crise financeira internacional, o grau de investimento e a taxa de câmbio do real por Daniela Magalhães Prates Maryse Farhi publicado por IE/UNICAMP (6/2009).
“Nos dozes meses que se seguiram à eclosão da crise financeira internacional, originada no mercado americano de hipotecas subprime, o real manteve sua trajetória de apreciação, ocupando a primeira posição no ranking das moedas dos países emergentes que adotam regimes de flutuação suja que mais se valorizaram frente ao dólar. Considerando as cotações de final de período, entre julho de 2007 e julho de 2008 a apreciação da moeda brasileira foi de 17%, frente aos 9,6% da nova lira turca, 8,6% do peso mexicano, 8,3% do rublo russo, 6% do ringgit malaio, 3,4% do peso chileno, 2,5% do peso argentino e 1,4% da rúpia Indonésia. Já o bath tailândes, o won coreano e a rúpia indiana sofreram depreciação no período (de, respectivamente, 11,5%, 9,9% e 5,3%). Na comparação com o euro, a apreciação foi de 5,2%, o que constitui uma adicional indicação de que a valorização da moeda brasileira não foi mero reflexo da depreciação da moeda-chave no mercado internacional, como alguns analistas têm argumentado…”