Teletrabalho na pandemia: efetivo versus potencial por Geraldo Góes, Felipe Martins, José Antonio Sena publicado por Carta de Conjuntura IPEA (2020).
“Esta Nota Técnica1 tem por objetivo apresentar a mensuração do trabalho remoto efetivo para maio no Brasil, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e comparar com os resultados potenciais estimados em nota técnica publicada na Carta de Conjuntura nº 47. 2 Serão apresentadas características das pessoas em trabalho remoto no país, nos recortes de gênero, raça/cor e escolaridade, e também as distribuições regionais e estaduais do trabalho remoto no Brasil, realizando uma análise de estática comparativa entre o potencial de teletrabalho e esse trabalho remoto efetivo. Os resultados indicam que 13,3% das pessoas ocupadas exerceram suas atividades de forma remota no país, o que revela que o percentual observado foi menor que o potencial de teletrabalho – estimado em 22,7% pela metodologia desenvolvida por Dingle e Neiman (2020) aplicada ao Brasil.
Assim como na nota técnica anterior, tem-se uma elevada heterogeneidade nos resultados por estado, com o Distrito Federal apresentando a maior proporção de trabalhadores exercendo suas atividades de forma remota (25,0%), vis-à-vis o Mato Grosso, onde somente 4,5% das pessoas ocupadas estavam efetivamente em trabalho remoto em maio.
Comparando com o potencial de teletrabalho calculado anteriormente, o Piauí, que apresentara o menor percentual de teletrabalho potencial, é, pela PNAD Covid-19 de maio, o sétimo estado com maior percentual de pessoas ocupadas exercendo suas atividades de forma remota. Ao mesmo tempo, Santa Cataria, estado que era o quarto maior potencial de teletrabalho, foi o 19º no percentual de ocupados efetivamente trabalhando remotamente…”
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