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Keynesianismo vulgar e o Novo-Desenvolvimentismo (Bresser-Pereira e Oreiro)

Keynesianismo vulgar e o Novo-Desenvolvimentismo por Luiz Carlos Bresser-Pereira e José Luís Oreiro publicado por Valor Econômico (2010).

Recentemente temos observado uma associação indevida entre o “Novo-desenvolvimentismo” – entendido como o conjunto de ideias, instituições e políticas pelas quais os países de renda média tentam alcançar o nível de renda per capita dos países desenvolvidos – com o que poderíamos chamar de “Keynesianismo vulgar”, ou seja, a ideia segundo a qual a ocorrência de déficits fiscais crônicos e crescentes são necessários para a manutenção do “pleno emprego” da força de trabalho. De acordo com os defensores dessa associação, o “Novodesenvolvimentismo” seria caracterizado pela adoção de políticas deliberadas no sentido de aumentar o déficit fiscal como forma de promover o emprego, a equidade social e o aumento do padrão de vida da população. Nesse contexto, a defesa da “austeridade fiscal” por parte de alguns economistas que se intitulam “Novo-desenvolvimentistas” seria, na verdade, uma confissão de submissão à ortodoxia econômica e ao Neo-liberalismo. Além disso, argumentam os proponentes dessa ideia, a “austeridade fiscal” é, per se, incompatível com a macroeconomia keynesiana, a qual estabelece que os déficits fiscais são necessários para a obtenção do pleno-emprego numa economia capitalista.

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