Covid-19 no Brasil: Razões da Baixa Performance na Gestão da Pandemia por André Cezar Medici publicado por Monitor de Saúde (2/2021).
“A pandemia do Covid-19, pela sua intensidade e pela rápida expansão dos níveis de infecção, tomou de surpresa quase todos os países. Mas desde 2005, a Organização Mundial da Saúde liderou os compromissos internacionais que resultaram na adesão de 194 países ao Regulamento Sanitário Internacional[i], que define as regras básicas para a preparação dos países para emergências sanitárias e pandemias, destacando os compromissos internacionais das nações aderentes. Nesse sentido, com 15 anos de defasagem, era de se esperar que todos, ou a maioria dos países, estivessem preparados para enfrentar pandemias como a do Covid-19. Mas ao que parece, não foi o que aconteceu. Tal fato ficou evidente depois do advento da pandemia do Covid-19, demonstrando a necessidade urgente de aumentar os esforços na preparação pandêmica de todos os países nos próximos anos.
Ao longo de 2020, este blog acompanhou o estado de preparação e a performance dos países em relação a pandemia do Covid-19 em vários momentos. Em nossa postagem No. 102, de março de 2020[ii], apresentamos uma análise do Global Health Security Index (GHS) que classificou 195 países através de um índice com 6 dimensões de risco e 34 indicadores investigando 140 questões. Este índice, publicado em Novembro de 2019 a partir de uma pesquisa realizada por um consórcio entre a Johns Hopkins University, o The Economist Intelligence Unit e a Nuclear Threat Inniative, revelou que o Brasil ocupava a 22ª. posição no ranking do GHS, tendo sido considerado o mais preparado no ranking dos países da América Latina…”