Concorrência: O ingrediente que falta para crescer? publicado por Banco Mundial (2024).
“Os países da América Latina e do Caribe (ALC) têm feito avanços regulares, embora lentos, rumo a soluções para os desequilíbrios induzidos pela pandemia num ambiente internacional que, somente agora, mostra sinais de estabilização. No entanto, ainda há muito a ser feito. A ALC, com poucas exceções, conseguiu reduzir a inflação a níveis inferiores aos dos países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As taxas de juros estão começando a cair após quatro anos de sólida gestão macroeconômica. Contudo, ainda persistem diversos desafios relacionados à correção dos desequilíbrios fiscais, à recuperação do poder de geração de renda perdido e à retomada dos avanços da década anterior em matéria de redução da pobreza. As elevadas taxas de juros também resultaram num superendividamento de famílias e empresas, e isso precisa ser monitorado. A tarefa principal da região, no entanto, continua a ser a aceleração das taxas de crescimento, atualmente fracas. Embora esse crescimento irregular seja, em parte, causado pelas taxas de juros elevadas, ele também é reflexo de problemas estruturais de longa data. Esses fatores também contribuem para os ganhos abaixo das expectativas obtidos com práticas de nearshoring ou friendshoring. Tudo aponta para uma ampla agenda de reformas que vêm sendo adiadas há décadas — nas áreas de infraestrutura, educação, regulamentação e políticas de concorrência…”