Partindo rumo a um regime mais responsável por José R. Afonso e Felipe Salto publicado pela Revista Conjuntura Econômica (6/2016).
“O saneamento necessário nas contas públicas do Brasil é cavalar. A sua dívida bruta, já elevadíssima para uma economia emergente, é agravada pelos juros mais altos do mundo e prazos cada vez mais curtos. Paradoxalmente, a situação se complica diante de investidores nacionais que deixam de conceder crédito ao setor produtivo para acumular sua liquidez nos cofres do governo. O setor produtivo bate recordes históricos sucessivos dos piores índices da história – produção, desemprego, absorção interna, consumo, investimento etc. A tempestade perfeita se completa com uma crise política sem precedentes.
Como enfrentar e superar esse temporal? Basta controlar o gasto público que, por combustão espontânea, disparam os raios do crescimento? O Brasil é um país de muita fé, macumba e sorte. Com os pés no chão, será preciso muito trabalho, a começar para estabelecer qual é a verdadeira saúde das finanças públicas do país e assim adotar remédios que não apenas ajustem as finanças, mas reconstruam as instituições fiscais e recuperem a credibilidade da política fiscal e econômica. Infelizmente, não há uma bala de prata…”
“
Verificar PDF Anexado