Síntese dos position Papers com recomendações de políticas industriais para reduzir a vulnerabilidade do Brasil às crises externas publicado por FIESP (12/2022).
“O fomento ao desenvolvimento produtivo e tecnológico está presente na agenda de políticas de grande parte das nações do mundo há décadas. Países que já ocupam posições de liderança tecnológica sustentam políticas industriais e de inovação para manter sua competitividade, sua sustentabilidade e sua posição no mercado global.
Adicionalmente, os choques nas cadeias de fornecimento globais provocados pela pandemia da COVID-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia ressaltaram, mundialmente, a importância da indústria. Estados Unidos e União Europeia, por exemplo, têm estruturado novas iniciativas de política industrial tendo entre seus objetivos o aprofundamento do domínio tecnológico e o fortalecimento das capacidades produtivas em setores críticos.
Em países, como o Brasil, que possuem baixa renda per capita e um grande conjunto de indústrias de baixa intensidade tecnológica, os desafios são grandes e demandam a rápida implementação de uma estratégia de desenvolvimento. Ressalta-se, aqui, o papel chave da indústria de transformação na ampliação da competitividade brasileira, uma vez que realiza a maior parte dos investimentos em máquinas e equipamentos e em inovação e P&D. Em particular, no caso brasileiro, a melhoria dos índices de sustentabilidade e o espaço de digitalização da indústria representam oportunidades que não podem ser perdidas…”