Investimento em infraestrutura, gasto capital por José Roberto R. Afonso, Bernardo Motta publicado por Revista Conjuntura Econômica (12/2022).
“Investimento não é qualquer componente da demanda agregada. No mínimo, ele preserva o estoque de capital já existente, que se desgasta com o passar do tempo, se torna obsoleto. E, acima disso, o investimento cria capital, capacidade de produzir no futuro.
Se, por um lado, é consenso que, para se desenvolver, é preciso ir além de aumentar o capital, em imóveis e construções, em máquinas, mas também compreender que cada vez mais o físico dá espaço a valores intangíveis e incorporar novos conceitos que resultaram de mudanças estruturais radicais, desde a revolução digital, passando pela pandemia internacional, até a guerra na Ucrânia. Isso não significa, no entanto, que se deva renunciar ao tradicional investimento em infraestrutura. Pelo contrário, importa ir além e encarar velhos desafios, há muito tempo ignorados, com um novo olhar e munido de novos conceitos e instrumentos…”