(Des)enrola para decolar ou aterrissar? por José Roberto Afonso publicado por Revista de Conjuntura Econômica FGV/IBRE (9/2024).
“Estratégia governamental bem-sucedida, no âmbito das famílias, de desenrolar (dívidas) para ajudar a decolar o consumo e a economia, poderia ser ajustada para fomentar mais investimentos produtivos e infraestrutura, de modo a atender e a acelerar a retomada do desenvolvimento em curso, inclusive sendo cada vez mais verde, inclusivo e digital. Preocupa que outras questões postas na agenda brasileira podem frear ou até reverter esse processo.
Pouco que acelera o ritmo de crescimento da economia brasileira, já surgem no horizonte potenciais estrangulamentos – incluindo falta de estrutura e infraestrutura e preocupação com pressão de preços. Está cada vez mais excessivamente baixo o nível da taxa global de investimento fixo do Brasil – expectativa do FMI que feche em 15,4% do PIB e se torne top 20% das piores taxas entre (sic) 170 países.2 Essa distorção, já de caráter estrutural, não só significa que pouco impulsiona a de manda no presente, mas sobretudo sinaliza para o futuro uma falta de capacidade do país em aproveitar as imensas e crescentes oportunidades que se abrem no cenário mundial – só para citar a matriz energética já das mais limpas do mundo, potencial de aumento de produção de ali mentos e minerais, inclusive estratégicos, imenso mercado de consumo para atrair a indústria cada vez mais reglobalizada, região sem histórico de guerras. Enfim, não faltam vantagens naturais. É preciso transformar em realidade e aí a competência humana, técnica e política precisa contar mais…”
Desafios para a aviação civil brasileira por Solange Monteiro publicado em Blog da Conjuntura Econômica (9/2023).
“Apesar de o Brasil ter características propícias para uma ampla exploração do transporte aéreo civil, como dimensão continental e contar com a sétima maior população mundial, ainda se voa pouco no país. Dados da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) indicam que no primeiro semestre de 2024 o Brasil registrou 0,44 viagem per capita, enquanto nos Estados Unidos foram 2,6 viagens per capita; no Chile, 1,21; na Colômbia, 0,78 e, no México, 0,72…”