Brasil tem que renovar agenda e ousar para ser grande, diz Roberto Mangabeira Unger a Folha (4/2020).
“Políticas adotadas desde Collor variam na ênfase, mas mantêm estagnação e desigualdade extravagante
A tarefa do futuro, escreveu o filósofo Alfred North Whitehead, é ser perigoso. O futuro, virado presente, vem demonstrando que sabe cumpri-la. Tratemos de aprender com os padecimentos que ele nos impõe.
Quando a pandemia da Covid-19 eclodiu, e o mundo todo começou a se fechar em casa, levando as economias nacionais a desabar, já estava claro que o Brasil não teria futuro se persistisse no rumo que vem seguindo há muito tempo. Mas a crise —que, no seu impacto mundial sobre a produção e o emprego, tem precedente apenas na depressão da década de 30 do século passado— fortalece e acelera os fatores que já haviam condenado ao malogro o caminho que temos trilhado…”
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