Atividade regional, mobilidade e Auxílio Emergencial publicado por Macro Visão Itaú (9/2020)
“A pandemia e a transferência de renda do governo através do programa de Auxílio Emergencial diferem entre as regiões do país, de modo que a atividade econômica também esteja retomando de forma heterogênea. O consumo de bens, em especial, está com recuperação mais acentuada na região Nordeste, acima do nível pré-pandemia, o que sugere uma importância grande do Auxílio Emergencial. O consumo de serviços, por sua vez, continua com uma retomada mais lenta em todas as regiões do Brasil, o que ressalta a importância do controle do vírus.
Identificamos que o controle da mortalidade por Covid-19 é um fator decisivo para o consumo de bens e serviços. Embora municípios com maior repasse do auxílio e menor mortalidade estejam com recuperação muito forte, o consumo de municípios com menor repasse e menor mortalidade está acima do consumo daqueles com maior repasse e maior mortalidade. Além disso, municípios com menor taxa de óbitos já estão com o consumo próximo ao nível pré-pandemia. Como os municípios que apresentam forte retomada até agora têm um peso pequeno na economia nacional, a atividade econômica do país tende a acentuar a sua recuperação, quando a pandemia for controlada.
Os resultados evidenciam que recuperação da economia e controle da pandemia são indissociáveis. Com a melhora do quadro de saúde pública – perspectivas de vacinação da população e redução do isolamento social -, a redução da transferência de renda para as famílias, necessária para a perspectiva de reequilíbrio fiscal, tende a ser compensada pela redução da taxa de poupança agregada, frente patamares recordes durante a pandemia…”
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