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As novas relações de trabalho (Afonso e Abreu)

As novas relações de trabalho por José Roberto R. Afonso e Thiago Felipe Ramos de Abreu publicado por Estudos e Prospectivas para o futuro da indústria (9/2020).

 “Brasil vem sendo tratado como um ponto fora da curva dos debates e das tendências mundiais. Este atraso fica ainda mais acentuado em torno da discussão da Revolução 4.0 e seus reflexos para instituições, economia e sociedade, já que praticamente inexistem os debates em nosso país, do governo à academia. Por meio de um esforço multidisciplinar para tratar dos impactos esperados da revolução digital em curso no mundo e, também, no Brasil sobre a economia e sociedade brasileira, o objetivo deste trabalho é o de subsidiar entidades da sociedade civil organizada, autoridades governamentais e parlamentares para melhor conhecerem e posicionarem-se no debate nacional, sobretudo de políticas públicas, diante das mudanças estruturais no mercado de trabalho e de seus reflexos sobre a educação, a ciência e a cultura.

A revolução digital em curso não se limita apenas aos aspectos tecnológicos. Ela promove profundas mudanças na economia e na sociedade, brasileira e mundiais. O presente estudo tem como foco entender como essas transformações impactarão a formulação e a execução das políticas públicas. Por certo, será impossível esgotar o tema, até porque se trata de uma revolução ainda em andamento, mas pretende-se, ao menos, apresentar primeiras reflexões para induzir o debate.

Antes de tudo, vale esclarecer que este estudo se insere no âmbito de um esforço multidisciplinar para tratar dos impactos esperados da revolução digital em curso no mundo e também no Brasil sobre a economia e sociedade brasileira, especialmente no que toca às mudanças nas relações de trabalho e na organização da educação, ciência e cultura de um país.

Esse esforço maior objetiva subsidiar entidades da sociedade civil organizada, autoridades governamentais e parlamentares para melhor conhecerem e posicionarem-se no debate nacional, sobretudo de políticas públicas, diante das mudanças estruturais no mercado de trabalho e de seus reflexos sobre a educação, a ciência e a cultura.

A partir de estudo de aspectos estratégicos, de forma consistente e geral, mapeie as mudanças na governança da sociedade, das empresas e das famílias, para fazer face às novas relações decorrentes da revolução digital em curso.

As mudanças tecnológicas são inexoráveis, inclusive com a nova onda da Internet das Coisas (IoT). O mesmo se pode dizer da globalização e concentração de negócios, desde o comércio eletrônico até as diferentes fontes de entretenimento. Não faltam estudos sobre automação industrial ou robôs, mas há uma brutal carência de avaliações sobre como isso mudará a sociedade e a economia como um todo.

Partir da intensa literatura e debate internacional sobre o futuro do trabalho e trazer para o caso brasileiro com uma visão abrangente e consistente é o desafio deste estudo, que tem caráter mais estratégico e abordagem mais geral do que os demais estudos a seguir propostos…”

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