Prestação de contas, independência e transparência dos bancos centrais por Tobias Adrian e Ashraf Khan publicado pelo IMF (11/2019).
“O Banco da Inglaterra iniciou suas operações em agosto de 1694, com 19 funcionários. A Carta Régia original, emitida pelo rei William e a rainha Mary, atribuiu ao Banco a tarefa de “promover o Bem público e o Benefício de nosso Povo”. Por ser uma empresa privada, não se tratou então da independência em relação ao governo. Isso veio mais tarde — cerca de 300 anos mais tarde — quando, em maio de 1997, o governo britânico concedeu ao Banco a independência operacional para conduzir a política monetária, uma medida que entraria em vigor um ano depois.
Sob uma perspectiva histórica, a independência dos bancos centrais é algo relativamente novo (a ideia ganhou impulso na década de 1970) mas que demonstrou ser uma grande força estabilizadora para os países que desejam tomar decisões de política monetária livres de influência política. Contudo, dez anos após os banqueiros centrais terem tido um papel proeminente na crise financeira global, os bancos centrais de todo o mundo estão se esforçando para cumprir seus mandatos em circunstâncias difíceis. Da Europa às Américas, da África à Ásia, eleitores inquietos e seus governos exigem maior responsabilização e alguns hoje questionam a outrora sacrossanta independência dos bancos centrais…”
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