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Seguridade Social no Mundo e Futuro do Trabalho (Ipea)

Seguridade Social no Mundo e Futuro do TrabalhoMarcelo Abi-Ramia Caetano e José Roberto Afonso​
Webinar IPEA, 17/3/2021

Palestrantes:
Marcelo Abi-Ramia Caetano – secretário-geral da International Social Security Association (ISSA)
José Roberto Afonso – professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e pesquisador da Universidade de Lisboa

Marcelo Abi-Ramia Caetano destaca desafios de longo prazo e transformações da seguridade social no mundo, que se somaram à crise sem precedentes causada pela pandemia de covid-19. Discute possíveis lições para o futuro e defende a necessidade de colaboração internacional e compartilhamento de soluções. José Roberto Afonso aponta que a terceirização no Brasil avançou até atividades-fim dos negócios e profissionais de maior qualificação e renda, que passaram a atuar como autônomos e empresas para recolher menos tributos, geralmente induzidos por seus contratantes. Sob essa tendência, ele avalia que a tributação da folha salarial no país impõe riscos ao financiamento de políticas de bem-estar por aplicar alíquotas muito mais altas e depender muito da contribuição previdenciária.

Futuro do Trabalho e da (in)Seguridade Social apresentação realizada por José Roberto R. Afonso em Webinário Ipea (3/2021).

“Nova (in)Seguridade Social?

Maxima da revolução digital: não se sabe ao certo o que será o novo normal, mas certamente a atual normalidade deixou de ser útil.

Desafio pandemico: Como reorganizar e financiar, tanto os serviços e as ações de caráter público, bem como os benefícios vinculados a contribuições de empregadores, de empregados e do Estado?

O atual Estado do bem-estar social, que se consolidou e se espalhou pelo mundo na II Guerra Mundial, se apoiava em um pilar: emprego-salário. Antes da chegada da pandemia, já estava delineado um novo fenômeno: cada vez mais usar o trabalho sem carteira assinada.

Os pilares dos atuais sistemas tributários estão abalados e o caso da tributação da folha constitui o risco mais grave para o Brasil, seja porque aplica alíquotas muito mais altas, seja porque é dos que mais dependem da contribuição previdenciária…”

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