Resiliência e reconstrução (desde a saúde) por José R. Afonso publicado por Conjuntura Econômica (4/2021).
“Passado mais de um ano, a pandemia internacional da saúde persiste. Não é mais o caso de lidar com um vírus desconhecido e muito menos ignorar alternativas para combatê-lo. A vacinação trouxe uma luz no final do túnel, mas também já se sabe que não deve ser tratada como um sol que a tudo iluminará e resolverá. Há muito mais por se fazer para equacionar esta crise da saúde e, ainda mais, para evitar novas pandemias. Não por acaso os cientistas não apelidaram de panaceia a nenhuma das inúmeras vacinas desenvolvidas em tempo recorde na história.
A hipótese inicial que virou certeza é que não mais se voltará ao que era antes. O novo normal é uma das qualificações adotadas para demarcar os cenários mais prováveis. Em qualquer canto do mundo, as pessoas não levarão a vida igual a antes, nenhum negócio passou incólume pela pandemia, todos os governos mudaram políticas e práticas. Por si só, isto significa que não cabe se buscar a recuperação, sobretudo na economia…”
