Reflexões sobre a economia verde e o powershoring publicado por CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (2023).
“Há muito que crescimento econômico elevado é objetivo de política econômica na América Latina e Caribe (ALC). Mas o PIB per capita da região cresceu um modesto 0,9% ao ano em média no período de 1980 a 2021, com desvio padrão de 2,6%. Ou seja, temos experimentado a indesejável combinação de crescimento baixo com volatilidade alta, o que limita as possibilidades de melhoria da qualidade de vida. Gastos públicos descontrolados, inflação alta, política monetária instável, alta exposição a choques externos, investimento minguado, produtividade baixa, diversificação econômica baixa e informalidade alta têm sido companheiros de viagem da região. A aspiração de convergência da qualidade de vida para padrões internacionais razoáveis é, portanto, um sonho ainda distante de ser realizado…”
Resiliência com eficiência: como o powershoring pode colaborar para a descarbonização e o desenvolvimento econômico da Amárica Latina e Caribe publicado por CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (5/2023).
“A ideia central por trás da noção de Powershoring é que a mudança climática e fatores geopolíticos têm aberto uma janela de oportunidade para que países com vantagens comparativas na produção de energia limpa e renovável possam atrair plantas manufatureiras intensivas no consumo de energia em seus processos produtivos. Portanto, Powershoring refere-se a uma estratégia empresarial de localização de produção, a exemplo de outras estratégias locacionais, tais como Offshoring, Reshoring ou Nearshoring. Mas a proposta de valor do Powershoring é múltipla e vai além da energia verde, segura, barata e abundante, que são os fatores de interesse empresarial mais imediatos dessa estratégia…”