Para crescer, poupar ou consumir? por José Roberto R. Afonso, Paulo Roberto Vales de Souza e Thiago Felipe R. Abreu publicado na Revista Conjuntura Econômica (1/2021).
“Uma diferença significante que a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus possui das demais tem relação com a mudança de comportamento das famílias. Mesmo depois de vencida a pandemia, novos hábitos permanecerão e formarão o dito novo normal, o que tem relação direta com o aumento da poupança familiar. Como nunca as famílias, em todo o mundo, estão poupando.
Recentemente foi divulgada uma Sondagem do Consumidor do FGV IBRE Especial tratando sobre a poupança precaucionária.2 A sondagem tentou responder a pergunta sobre quando esses recursos poupados serão utilizados e como será o aproveitamento destes com o fim do auxílio emergencial agora na virada do ano.
Cerca de 38% dos entrevistados afirmaram que estão realizando poupança devido à incerteza sobre a crise da Covid-19. Como esperado, o percentual de poupadores é maior conforme a sua renda. Além disso, 73% dos consumidores que pouparam afirmam que pretendem manter intactas as reservas realizadas nos próximos meses, enquanto 25,6% irão gastá-las parcialmente e 1,4% totalmente…”