O futuro chegou por Marcos Mendes publicado por Valor econômico (4/2017).
“Reformas previdenciárias precisam ter uma perspectiva de longo prazo. As tendências de envelhecimento da população, de redução da natalidade e de aumento da expectativa de vida, décadas à frente, precisam entrar na conta hoje. Isso garante que, nos 40 ou 50 anos seguintes, haja recursos para pagar a aposentadoria de quem está entrando agora mercado de trabalho.
Quanto mais se antecipa o ajuste, mais gradual pode ser a reforma. No Brasil, infelizmente estamos muito atrasados. O futuro continua incerto, com trajetória de despesa previdenciária apontando para mais de 20% do PIB em 2060 caso nada seja feito, valor sem precedente em outros países.
Ao mesmo tempo, o passado já está cobrando a conta da reforma que deveríamos ter feito há 20 anos. A conta chegou. Os números recentemente divulgados pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento deixam claro que a despesa previdenciária está excessivamente elevada…”