O desalento e as taxas de desocupação por Estudo Especial no 78/2020 – Divulgado originalmente como boxe do Boletim Regional do Banco Central (4/2020)
“O mercado de trabalho apresentou, desde o último trimestre de 2017 ao final de 2019 , trajetória moderada de recuperação em linha com o desempenho da economia, conforme evidencia o comportamento da taxa de desocupação (TD), de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Trimestral (PNADC-T) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse movimento da TD refletiu principalmente o aumento da população ocupada (PO), mas também a elevação do desalento. A população desalentada não é computada na força de trabalho (FT) – e, portanto, deixa de ser considerada no cálculo da TD. Nesse cenário, o presente estudo procura avaliar, por Unidade da Federação (UF), a importância do desalento para o patamar da TD.
Observando o desemprego regional em 2019, nota-se que a região Sul é a única em que todas as UFs apresentam TD abaixo da média nacional. Nas outras quatro regiões do país, há UFs com taxas acima e abaixo da média nacional (Gráfico 1).
O fenômeno do desalento pode impactar diferentemente a TD em cada estado, explicando, em parte, essa variação da TD. O percentual de desalentados em relação à FT, como esperado, aumentou durante a crise de 2015 e 2016, manteve-se em expansão moderada no início do processo de retomada da atividade em 2017 e meados de 2018, e mostrou tendência de redução ao longo de 2019 (Gráfico 2). Em termos absolutos, o número de desalentados no país passou de aproximadamente um milhão e meio de pessoas em 2014 para cinco milhões em 2019…”
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