Pablo Servigne: “Não acredito que minha geração receberá aposentadoria” publicado por El País (2021).
“O cientista francês, coautor do ensaio ‘Colapsología’, avalia que antes de 2030 haverá um “naufrágio social” que obrigará a dizer adeus à confiança no progresso
Pablo Servigne (Versalhes, 43 anos) tornou-se um dos mais ouvidos teóricos do colapso graças à repercussão de seus últimos livros, nos quais o cientista francês —de mãe colombiana, o que explica seu nome, sua pele e seu quase perfeito espanhol, que aperfeiçoou “nos botecos de Oviedo”— prevê a convergência de diferentes crises que poderão nos conduzir a um turbilhão irreversível. Não diz disso, apesar de tudo, de um modo especialmente dramático. “Quando for o caso, bastará estar preparado”, diz Servigne, coautor com Raphaël Stevens do ensaio Comment tout peut s’effondrer: petit manuel de collapsologie à l’usage des générations présentes (traduzido recentemente para o espanhol com o título Colapsología). Nesta segunda-feira ele passou por Barcelona para proferir uma palestra na Escola Europea d’Humanitats, dirigida por Josep Ramoneda…”