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Multiplicadores dos gastos público (Cavalcanti & Vereda)

Multiplicadores dos gastos públicos: estimativas a partir de um modelo DSGE para o Brasil por Marco A. F. H. Cavalcanti, Luciano Vereda publicado por Carta de Conjuntura/Ipea (2014).

A crise global iniciada em 2008 reacendeu o interesse dos economistas e policymakers no uso da política fiscal com o objetivo de estimular a atividade econômica no curto e médio prazo. Em uma conjuntura na qual a política monetária se revelava ineficaz para combater os efeitos perversos da crise financeira sobre a economia real, a maioria dos países atingidos pela crise recorreu a diversos estímulos fiscais visando evitar quedas mais fortes no nível de atividade. Segundo estimativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o tamanho dos pacotes de estímulo fiscal adotados para combater a crise nos países associados chegou, em média, a 2,5% do produto interno bruto (PIB) no período 2008-2009 (OECD, 2009). No Brasil, as medidas anticíclicas de desoneração tributária e aumento de gastos públicos teriam atingido no mesmo período, segundo Pires (2009), R$ 43,4 bilhões – ou aproximadamente 1,4% do PIB. Após a adoção de medidas contracionistas que resultaram em significativo aumento do superavit primário do setor público em 2011, a política fiscal brasileira voltou a assumir caráter expansionista a partir de 2012, com o intuito de sustentar os níveis de atividade e renda da economia.

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