Mercado de capitais, TLP e o papel do BNDES por Marcelo Miterhof e Thiago Pereira publicado por Valor Econômico (8/2022).
“O BNDES não precisa voltar a desembolsar 3% do PIB, mas pode e precisa fazer mais do que vem ocorrendo
A grave situação social e a insustentabilidade do teto dos gastos têm eclipsado a discussão de outros assuntos econômicos. Porém a disputa eleitoral traz mais temas relevantes ao debate público. É o caso do BNDES.
A partir do governo Temer, o BNDES vem sofrendo uma desarticulação. Desde 2017, seus desembolsos estão próximos a 1% do PIB. Em 2021, foi de 0, 74%. De 2000 a 2007, esse percentual foi de 2%. De 2008 a 2014, esteve acima de 3%.
Além da queda da taxa de investimento, a principal causa dessa redução foi a criação da TLP, que atrelou o custo de captação do BNDES aos títulos públicos (NTN-B) de cinco anos, que pagam IPCA mais uma parcela fixa de juros, e deflagrou a gradual eliminação da vantagem de custo de seu funding institucional (FAT)…”