O homem que previu o fim do capitalismo e que ajuda a entender a economia de hoje por Margarita Rodríguez para BBC News (6/2020)
“O capitalismo pode sobreviver?”, se perguntou Joseph Schumpeter. “Não, acho que não”, foi a resposta dele.
Sua reflexão foi feita em uma de suas principais obras: Capitalismo, Socialismo e Democracia, de 1942.
Mas o grande economista austríaco não acreditava na ditadura do proletariado nem na revolução de Karl Marx. De fato, ele rejeitou o que entendia como os elementos ideológicos da análise marxista.
Para ele, o que levaria ao fim do capitalismo seria seu próprio sucesso. “Considero Schumpeter o analista mais penetrante do capitalismo que já existiu. Ele viu coisas que outras pessoas não viram”, disse Thomas K. McCraw, professor emérito da Escola de Negócios da Universidade de Harvard, ao Working Knowledge, o site da universidade.
Schumpeter “está para o capitalismo assim como Freud está para a psicologia: alguém cujas ideias se tornaram tão onipresentes e arraigadas que não podemos separar seus pensamentos fundamentais dos nossos”, disse o acadêmico.
Para Steven Pearlstein, professor da Universidade George Mason, nos Estados Unidos, Schumpeter “era para a economia o que Charles Darwin é para a biologia”. Ele foi chamado de um dos melhores economistas do século 20, um gênio, um profeta. De fato, para vários economistas, o século 21 será o “século de Schumpeter”.
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