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Instituições trabalhistas e produtividade do trabalho (Campos et at.)

Instituições trabalhistas e produtividade do trabalho: uma análise do caso brasileiro por André G. Campos, Carlos Henrique L. Corseuil, Miguel N. Foguel e Hélio Zylberstajn publicado por IPEA (2018)

“O capítulo tem como motivadores os baixos níveis da produtividade do trabalho no Brasil e o seu pouco crescimento entre o final da década de 1990 e meados da atual década. O gráfico 1 mostra que essa produtividade está cada vez mais distante da que é computada para países como Coreia do Sul e Estados Unidos. Mais do que isso, países que costumavam ter níveis de produtividade do trabalho inferiores aos nossos, tais como China e Índia, não apenas passaram a ter níveis bem próximos, como também, se mantida a tendência recente, logo passarão a ter níveis de produtividade do trabalho superiores aos nossos.

Há quem diga que a evolução da produtividade do trabalho no Brasil teria sido pressionada para baixo à medida que os empregos migravam de setores mais produtivos (indústria) para setores menos produtivos (serviços). Uma análise mais detida sobre a evolução desse indicador, no entanto, aponta que a mudança na composição setorial do emprego teve um efeito muito suave e que o baixo crescimento da produtividade do trabalho é um fato disseminado entre os diversos setores da economia brasileira (Squeff e De Negri, 2014). Os fatores responsáveis pelo baixo crescimento do trabalho no Brasil, portanto, devem ser algo que perpassa os diversos setores de atividade…”

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