Dívida pública – O erro da política monetária por Silvio Figer publicado por Jornal do Comércio (2011).
“Dívida pública, é o instrumento de política monetária mais ativamente utilizado pelos BCs, através de suas operações de mercado aberto. Compram títulos para injetar moeda no sistema, e, inversamente, vendem títulos para retirar moeda do sistema. Assim é, e assim se aceita. Mas, por quê? Por que justamente este título de crédito, dentre outros possíveis, é considerado o mais conveniente para lastrear o meio circulante? Deve-se entender que, muito pelo contrário, este é o mais inconveniente dos lastros. Trata-se de um redesconto, que é a operação correta, do título errado, que é a DP. O único lastro possível para a moeda fiduciária, incontestàvelmente, é a produção de bens e serviços – e a DP não tem a mais remota conexão com este aspecto da vida econômica. A contribuição desta dívida para a geração de riqueza é nula, não se registrando um exemplo sequer de país que tenha enriquecido pelo endividamento público contínuo e crescente. E, paradoxalmente, a política monetária universal demanda a irredutibilidade da dívida pública, sob pena de se inviabilizar, por insuficiência de títulos para operar. Para melhor entendimento do erro convém analisar a evolução do endividamento público…”